Sonho

Sonho


Daniel FV - 11/09/10


Sonhei com uma vida que não faz sentido
Sonhei por um dia na vida corrida
Dormi sonhando um sonho perdido
Perdi uma noite de mais uma vida

Passei um dia pensando adiante
No açoite do gelo da madrugada
Pensei, não agi. Sofri como errante
Distante sou eu em vil debandada

Fugindo ciente de tudo e de ti
Corri o que pude, mas fiquei parado
Sonhando a imagem que nunca esqueci
Teu rosto ali, sorrindo ao meu lado.


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Mentalidade

MENTALIDADE
Daniel FV - 28/10/10

Cabeça de jovem que se acha plena
Cabeça de velho já em quarentena
Cabeça de gente que acha demais
Está tudo certo e não volta atrás

Cabeça de quem se acha inocente
Pecado do povo, angústia da gente
A luta de quem sonha com o nada
A língua afiada toma por espada

Cabeça pequena de quem tudo ouve
Ouvido absorto no que nada houve
Tem sede de ócio, ela tem
Atrás do negócio ela vem

Lá vem a velha com o dedo em riste
Lá vem com a sombra de um povo triste
Que fala demais sem ouvir
Que enxerga demais sem se ver

Garganta que sangra o ouvido ferido
Ferido do som do que já era urdido
Garganta que fere, ela tem
Mas ouvidos murchos também
Garganta que fere, ela tem
Mas ouvidos murchos também

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Primavera

PRIMAVERA

Daniel FV - 18/10/10



Estação primavera, a nova estação
de cores gritantes presas ao jardim
Aquecem os olhos no inverno da alma
Mas não haveria o que falar por mim

Os galhos secos em azul superfície
Navegam perenes em sua procissão
Seguem seu rumo sem rumo ao mar
Sem se preocupar com maior pretensão

As aves de cores, gorjeios e asas
Constroem suas casas desde o amanhecer
Pensando somente em seguir suas vidas
Negando as feridas sem nada a temer

Eu deveria passar mais noites em claro
E deveria falar, talvez mais do que ouvir
Por estar ao teu lado quando eu não estou
Mas aprendi a calar minha voz e sorrir

Eu deveria tentar expressar minha voz
A sós e de tarde, de frente ao portão
Mas nosso destino jamais foi cruzado
Estar ao teu lado é uma doce ilusão

Estação primavera anuncia o que era
O tempo das cores, dos rumos e amores
Mas mudados os tempos de agora até sempre
Minha vida se volta aos antigos rancores


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Pressão

PRESSÃO

Daniel FV - 07/10/10


Vida que segue em alta pressão
Quarto cinzento entre quatro paredes
No argumento de ser operário
Segue o homem com seu um salário

Levando a vida essa vida inteira
Tocando os anos, descendo a ladeira
Não pleiteando largar o navio
Se assustando a cada arrepio

Pagando o preço dessa tal pressão
Enquanto vozes vivem, voam e caem
o que eu faço nesse meio lacaio
Me faz viver pra pensar o contrário

E lá de cima tudo chega e cai
Cai o salário, a chuva e Deus pai
Pois lá de cima a visão não é turva
E cá na na Terra não se faz a curva...

Sangrando no giro do dia-a-dia em 24 horas de lágrimas, cegueira e dedicação alienada para um dito "bem maior". Um "bem maior" que brinca de Deus, enquanto tenta rebaixar o mesmo sem mesmo conhecê-lo.



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Solidão

SOLIDÃO
Daniel FV 05/10/10


Bate à porta de minha casa
Volta e meia voltará
Marca como ferro em brasa
Arrasando o que sobrar

Solidão que apavora
Opção ou não, não sei
Ando meio mundo afora
E por dentro me cansei

Exclusão, eis a palavra
Conscientemente ou não
Pois palavra não se lavra
Posto que é submissão

Sou somente sentimento
Não palavra, agrado ou gesto
Futilidade ou fingimento
Pouco, às vezes, manifesto

Sou quadrado e não me mudo
Sou o que mostro em oferta
E sempre acima de tudo
A escolha ainda é incerta!


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Ruminanças V


Daniel FV - 27/09/10

Um fato inusitado.

Hoje, 27 de Setembro, dia chuvoso e bucólico carregado da mais doce nostalgia, aconteceu-me um fato inusitado que me ensinou muito sobre mim e sobre o meu "mundo".

Pegar o transporte no Bairro São Vicente para ir ao trabalho no centro da cidade é rotina. Tão rotina que acabei pegando o ônibus errado (ou certo?), pois essa semana não haveria aulas de reforço no centro da cidade. Eu já sabia que o coletivo em questão daria a volta na cidade inteira para depois passar pelo meu bairro, mas como eu não estava disposto a pagar pela passagem novamente, resolvi relaxar e aproveitar a "viagem".

Bom Despacho é uma cidade pequena. Não diria que é uma cidade rica. Quando limpa, pode ser muito bonita! Observava ao longo da longa jornada tudo o que passava aos meus olhos, e lembrava o quanto a gente deixa de perceber detalhes na correria do dia-a-dia... se bem que eu nunca fui de deixar de notar imagens, sons e cheiros atrativos à minha pessoa. O tempo úmido trouxe aos meus sentidos o cheiro das plantas molhadas. O cheiro nobre dos ipês e o doce odor das gramíneas, não há cheiro melhor no mundo! Nem mesmo o da pessoa amada! O cheiro das plantas é eterno e não está em você todos os dias. Você não pode escolher ter o cheiro das plantas quando bem desejar... Pelo menos não aquele cheiro voluntário do desabrochar das flores.

Passei por todos os tipos de bairros, vislumbrava as casas mais humildes e ignorava as mais pretensiosas. Não que eu não seja materialista, tenho também a minha cota de ambição, mas estar em simplicidade é a forma mais próxima de estar com Deus e de ter um LAR. Eu talvez tenha passado os melhores dias de minha vida em casas muito humildes, mas providas de atmosferas extremamente acolhedoras!

Lembrei-me da Chácara do Curral, onde nunca fui tão feliz com a presença de meus avós maternos, tios e uma "penca" de primos. Lembrei-me da casinha de minha saudosa avó paterna em Conselheiro Lafaiete, onde mal haviam camas para todos, mas não faltavam aventuras na miúda "fazendinha". Lembrei-me de vários amigos de infância e de como suas casas eram emersas em alegria e boa recepção. Lembrei-me até mesmo de algo recente que foi o Sítio Sossego em minha vida. Lembrei-me do companheirismo dos amigos em uma casa tão humilde que nem tinha fornecimento de água potável ou saneamento básico, mas que atraía tantas pessoas e amigos pela nossa hospitalidade e pela visão da linda gameleira com a mesinha de madeira à sua sombra, centro de farras e conversas sobre a vida.

Em um momento de compaixão, tive pena daqueles que têm os olhos enclausurados para as coisas mais simples, como o cantar de um pássaro ou o florir de uma quaresmeira. É uma pena que enxerguem somente notas, status e pessoas em sua frente.

Vi várias igrejas e templos ao longo do caminho, e refleti sobre a necessidade de o homem ter fé em algo. Vi o quanto isto é importante! O homem necessita ter fé em si e em algo que o conforte, seja qual for a sua crença (ou descrença). Eu, por exemplo, "quebro a minha cara" todos os dias com minha crença no ser humano, mas nem por isso deixo de acreditar no mesmo (desconfiando). Afinal de contas, nossas vidas terrenas estão nas mãos dos homens! Precisamos das pessoas desde o dia em que nascemos! Infeliz da pessoa que não reconhece essa necessidade tangente, e acha que pode viver por si só. E que Deus, seja lá qual ou o que for, cuide de mim de acordo com os meus passos na Terra após o maravilhoso martírio neste grande planeta.

Durante o trajeto não vislumbrei somente o passado, mas pensei também no futuro. Descobri que já não o temo mais como temia antigamente. Encontrei-me em uma profissão que venero desde antes de qualquer coisa. Para exercer tal função são necessários dois dons: O dom de lecionar e o dom da humildade, do reconhecimento do erro. Nasci dotado dos dois e trilhei o caminho dos mestres. Aprendi e ainda aprendo com os melhores! Quanto à solidão que sempre temi, sempre foi minha amante, e não há como negá-la em minha vida.

Ao longo da viagem, conheci uma Bom Despacho que não conhecia (literalmente), mas também conheci algo que eu havia perdido em algum lugar pelo caminho desta nem tão longa vida: A minha pessoa.

Nunca fui tão "EU" em minha vida! E divido isto com vocês, leitores! Vocês conhecem parte de minha vida que nem minha família conhece!

Agradeço o apoio e o incentivo de vocês, amigos! Sim, eu não deveria reconhecê-los por outro "nome" que não fosse por "AMIGOS". Sinto-me reconfortado ao saber que não sou o único a pensar da maneira que penso, sinto-me aliviado em saber que, onde quer que vocês estejam, concordam em pelo menos alguns pontos comigo.

Quando o caminho ficou para trás e os pulmões voltaram a respirar os ares do centro da cidade, comecei a me desprender de mim mesmo, faltavam cerca de 15 minutos para o fim da "viagem" (após decorridos curtíssimos 50). Ao chegar perto de meu ponto, abri os olhos como quem acorda de um sonho e fui retomando minha consciência portátil. Deu-me uma pontada no coração!

Pensei se eu deveria escrever minha experiência aqui. Foi uma decisão fácil!
Afinal, este blog sou EU, e sou EU quem vos escreve!

Abraços, e muito obrigado!


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Insensível

INSENSÍVEL

Daniel FV - 27/09/10


Insensível aos seus semelhantes
segue o homem, na trilha ao fim.
Sonhando com o nada, tomado enfim.
O interesse ao que nada vale
Submerso no verde do lodo 
Mas lhe agrada ao olfato de lobo!
Predador de si mesmo é o homem!
Insensível ao amor à sua raça
É o mendigo na praça miragem
É a guerra civil paisagem!


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Chamas

CHAMAS

Daniel FV - 25/09/10


Chamas por mim, do pó ao pó
Chamas por ti, o delírio de um só
Clamas por algo que não podes ter
E não reclamas por um bem maior

Cinzas, produtos da desilusão
Limpeza do fruto dessa combustão
Cismas com algo que não te faz bem
Do pó ao pó a futura união

Vento que limpa todos martírios
Penso no delírio que é esse amor
Resplandece o brilho no teu olhar
Sem cobrar nada em troca da dor


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Serena Dama

SERENA DAMA

Daniel FV 14/09/10

Oh! linda dama, tão suave e elegante
Que se banha no ouro, na seda e no sangue
Chegou sem ser chamada, pois que és tão maldita
Rejeitar-te eu fiz quando tiveste minha vida

Choro e vivo por ti na diária loucura
De evitar-te por vez e querer-te à ventura
Pois tu és maldição e também tentação
És choro, és mágoa, amor e paixão

Corre longe de mim e dos meus
Pois te quero distante
Mais no preço do instante, amor
Vem e cura minha dor

Serena dama, não me leve pra cama
Te vislumbro de pé
Não me faça sofrer ou implorar por ti
Não abale minha fé

Mais amarga que o féu, traz em mim o desejo
De clamar só por ti no ensejo do beijo
Mas de ti não te me queixo, amor
Te espero e não temo


Repousar em teus ombros
No recanto da paz
O oasis do nada
Sem olhar pra trás


Aventuranças Culinárias

A arte de cozinhar fazendo "arte" na cozinha.

Resolvi incrementar o blog com minhas aventuranças pela cozinha,
toda semana uma receita aprovada (ou não) no almoço de domingo,
dia de minhas aventuranças culinárias.
O meu objetivo é passar as receitas da forma mais clara o possível,
sem termos técnicos e muita frescura, pois sou também novato no
ramo e sei das dificuldades das receitas resumidas e mal explicadas.
Vamos à minha primeira aventurança em alta escala, e cuidado com
a dor de barriga!

MOQUECA DA DISCÓRDIA

(não me perguntem a razão para o nome...rsrs)

INGREDIENTES

1 Kg de dourada em postas ou filés (ou o peixe de sua preferência)
500 g de camarão médio descascado e sem cabeça
5 tomates médios
1 pimentão verde
1 pimentão amarelo
1 pimentão vermelho
3 cebolas médias
5 dentes de alho
1 lata de "pomarola"
400 ml de leite de côco
100 ml de azeite de oliva
60 ml de azeite de dendê
1 ramo grande de cebolinha
150 ml de vinho branco
1 ramo pequeno de salsinha
2 limões
urucum, coentro, pimenta "biquinho", pimenta do reino e sal a gosto


Preparando o peixe:

Retire o couro do peixe ainda congelado e espere descongelar.
Quando descongelar (bastante tempo depois) lave-o com limão.
Tempere um lado das postas ou filés com sal e pimenta do reino.
Espere 10 minutos, vire o peixe e tempere o outro lado.
Aguarde mais 10 minutos
(Enquanto aguarda os 20 minutos, vá picando os outros ingredientes
necessários)


Preparando o camarão:

Tempere o camarão com sal, pimenta do reino e limão, aguarde 10 minutos.


Preparando a moqueca:

Aquecer o azeite de oliva em fogo baixo
(manter o fogo baixo durante todo o preparo da sua moqueca).
Adicionar meia colher de tempeiro preparado (alho e sal)
mais meia colher de urucum (coloral).
Adicionar a cebola cortada em rodelas, mexer até dourar.
Adicione o pimentão cortado em rodelas.
Não mexa mais a panela, só a balance suspensa em alguns momentos,
segurando as alças com panos.
Adicione 3 tomates picados em cubos.
Após o tomate, coloque o alho, o coentro, a pimenta biquinho
e metade da cebolinha e a salsinha, tudo bem picado.
Adicione a lata de pomarola e um terço do dendê. Encha a lata de
pomarola com água e acrescente à panela.
Balance a panela para os ingredientes se nivelarem.
Tampe a panela e deixe fervendo, olhando de vez em quando
Você vai notar que a água vai aumentando na panela por causa do
tomate, pimentão e cebola acrescentados, quando o líquido se
nivelar ao mais sólido na panela, é hora de acrescentar as postas de
peixe, Coloque elas niveladas e um pouco "atoladas" no molho que se formou.
Por cima, acrescente uma segunda parte do azeite de dendê, e 200 ml de leite
de côco. Coloque o restante do tomate por cima dos outros ingredientes.
Ferva por cerca de dez minutos até os tomates de cima amolecerem.
É hora de preparar o pirão!

Coloque uma panela ao lado, conforme a quantidade de pirão desejada, e vá
retirando COM CUIDADO parte do caldo da moqueca, vá acrescentando farinha
de mandioca e mexendo. Cuidado para não errar a mão na farinha!
Coloque a segunda parte da cebolinha picada no pirão, e este está pronto.
(Coloque mais pimenta se desejar)

Agora acrescente os camarões espalhados por cima da moqueca, adicione o vinho, o restante
do leite de coco e o resto do dendê. Espere ferver por mais uns 5-10 minutos e está pronto!

É só fazer o arroz branco para acompanhar.

Todos gostaram muito da receita!

Cansaço



CANSAÇO
Daniel FV 03/09/10

Olhos pesados das visões antigas
Do trabalho de muitas vidas
Daquilo que não acabou
Dor física e mental
De uma vida tão normal
Que o tempo ainda não parou
Que saudades de ti, juventude
Ainda que minha plenitude
De fato não se apagou
Espero o melhor e o pior
E um cansaço ainda maior
De outra vida que só começou


http://www.youtube.com/watch?v=BDBOeblR8yU

Independência

Independência
Daniel FV 06/09/10


Pois que vil e biltre há de ser
Referente à tal discrepância
Eis do ontem se aparecer
Haja vista a verossimilhança

És sagaz na arte traquina
de brincar com teu pobre povo
No encontro na curva da esquina
segue tudo de novo e de novo

Quatro anos que são quatro eras
Uma vida parada, um segundo
De vermelhos os olhos de fera
De fome do limpo e do imundo

Não importa se é belo o teu nome
Seja aquele que se manifeste
Se a escolha sê mulher ou homem
Há que ser só mais uma peste

És Brasil, e sempre serás!
Talvez nunca independente
Do povo que mata e te rouba
Do arremedo de trapo de gente


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Opinião

Opinião

Daniel FV 04/09/10

O que posso chamar de valor?
Quase tudo, quase nada
Pois talvez a palavra do autor
também seja idéia infundada.

O que posso chamar de valor
Que não seja minha opinião?
Visto entre o ódio e o amor
o limite da então questão.

O que posso chamar de verdade
no silêncio da madrugada?
Um gesto, um sorriso, a vontade
ou mesmo a palavra falada?

O que posso chamar de verdade
que não seja meu ponto de vista?
Ainda que da sinceridade
do sentimento puro do artista

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O Homem

O Homem

Daniel FV 30/08/10



Subiu o monte para ver o que se via
Quase não sentia nada, a não ser a profecia


Tentou orar por esta raça tão perdida
Entregou seu próprio corpo, o seu sangue, sua vida


O que mais tem que fazer por esta raça?
Que quer tudo tão entregue, tão corrido e de graça


Foi mandado e cumpriu com sua missão
Tendo visto o seu sermão, morte e glória em paixão


Agora tudo em mãos humanas se consome
Nosso lar, o sentimento. Sua sina o seu nome


Oh! Meu Jesus, deixa tudo como está!
Pois se o homem quer a luz, ele tem que se curar!



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Na Mata

Na Mata

Daniel FV 29/08/10


Pé na estrada para casa
A 100 por hora, longe agora
A estrada lá em brasa
Lá no nada a alma chora

Que saudades lá da mata
Da rotina tão tranquila
Sem pensar em hora ou data
É aquela calmaria!

Já tão perto lá de casa
Os olhos fitam a cidade
E com a cabeça em brasa
Volto à sobriedade

Como é triste essa vida
De cidade e solidão
De rotina tão corrida
Que me assola o coração

Como é bom ficar na mata
Onde cheira a capim
Longe dessa vida ingrata
Onde eu não vivo assim

Como é bom ouvir a mata
Onde canta o carijó
Longe dessa vida ingrata
Tanta gente e eu tão só!


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Vitória

Vitória

Daniel FV - 27/08/10



Desde que veio ao mundo
Veio com um sorriso
E foi preciso lutar
Lutou sem prévio aviso

Lutou até que caiu
Caiu quando foi preciso
Não caindo no esquecimento
Levantou-se de improviso

Caiu, mas sempre lutou
E sem desfazer o sorriso
Levantou e manteve a luta
E venceu sem prévio aviso

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