Existência

EXISTÊNCIA


Daniel FV - 18/08/14


Na tempestade de hormônios

Entrevê a nuvem que chora
E acorda ora atônito
Outra em negra hora

E o escudo químico assombra
O que os olhos não ensejam
Que lá por detrás da sombra
Há um mundo de desejos

Com mil sonhos embargados
Que coexistem sozinhos
E mesmo dilacerados
Ainda combatem moinhos

Perceba que nada é tão doce
Que dure o resto da vida
Mas nada é tão amargo
Que faça a existência perdida

E se achas que me engano
Eu por vezes também o acho
Mas peço que tenhamos paz
Na terra ou mesmo no espaço


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Respeito



Respeito próprio e alheio
Alheio às dores terceiras
Segundo o lido e escrito
Não faço parte daqui
E o aqui não faz parte de mim.

Queria corrigir o passado
Mas como constatado
A vida é desenho sem borracha
E quanto mais se mexe, mais mancha.
E mancha, e borra, e estraga
(o que sempre foi estragado)

Se o passado só feriu...
E o futuro nada indica...
Vivamos o presente!
Não há fogos ou lembranças
Mas pelo menos há respeito!