MENTALIDADE
Daniel FV - 28/10/10
Cabeça de jovem que se acha plena
Cabeça de velho já em quarentena
Cabeça de gente que acha demais
Está tudo certo e não volta atrás
Cabeça de quem se acha inocente
Pecado do povo, angústia da gente
A luta de quem sonha com o nada
A língua afiada toma por espada
Cabeça pequena de quem tudo ouve
Ouvido absorto no que nada houve
Tem sede de ócio, ela tem
Atrás do negócio ela vem
Lá vem a velha com o dedo em riste
Lá vem com a sombra de um povo triste
Que fala demais sem ouvir
Que enxerga demais sem se ver
Garganta que sangra o ouvido ferido
Ferido do som do que já era urdido
Garganta que fere, ela tem
Mas ouvidos murchos também
Garganta que fere, ela tem
Mas ouvidos murchos também
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2 comentários:
Mais uma poesia brilhante Daniel,um pouco triste mais realista no meu ponto de vista! Esses dias estou sem a menor inspiração pra escrever , mais lendo suas poesias me sinto nas nuvens, e tenho a esperança de que amanha tudo será diferente ! Parabéns
Abraços
M_tuliogalo
Cada dia mais agudo em suas palavras, mais pesado também. Que você mergulhe em si mesmo para buscar as palvras que realmente significam algo, mas consiga submergir para respirar, está bem?
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