EXISTÊNCIA
Daniel FV - 18/08/14
Na tempestade de hormônios
Entrevê a nuvem que chora
E acorda ora atônito
Outra em negra hora
E o escudo químico assombra
O que os olhos não ensejam
Que lá por detrás da sombra
Há um mundo de desejos
Com mil sonhos embargados
Que coexistem sozinhos
E mesmo dilacerados
Ainda combatem moinhos
Perceba que nada é tão doce
Que dure o resto da vida
Mas nada é tão amargo
Que faça a existência perdida
E se achas que me engano
Eu por vezes também o acho
Mas peço que tenhamos paz
Na terra ou mesmo no espaço
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